Maria é a Mãe de Deus, dignidade máxima entre as criaturas. Não seria razoável pensar que Deus, dando a José a dignidade de esposo de sua Mãe, não lhe concedesse conjuntamente capacidade e graça, proporcionais a tão alta eleição. De tão singular dignidade, como de um princípio, deve-se deduzir a excelência da santidade de São José, maior que a dons outros santos. Entre Maria e José existiu matrimonio verdadeiro, contraído por inspiração divina. Como seria possível que o Espírito Santo unisse com vinculo tão estreito e forte à Virgem Mãe de Deus uma alma de esposo pouco semelhante a ela, no tocante à virtude e à santidade? Portanto, o amor entre Maria e José não poderia existir, sem que josé fosse corretíssimo na virgindade, profundíssimo na humildade, ardentíssimo no amor a Deus, altíssimo na contemplação, dedicado e amante da Virgem sua esposa.

Maria é “cheia de graça” (Lc 1,28). Também José devia possuir a graça, em grau proeminente. O amor de Maria para com seu esposo não foi um amor estéril, senão fecundíssimo. Seria inconcebível que José, o mais querido da virgem Maria, não conseguisse, por causa dela e por sua intervenção, uma privilegiada perfeição na santidade. Convinha que José possuísse santidade tão apurada que produzisse a semelhança e conveniência para ser esposo de tal esposa, “da qual nasceu Jesus, que se chamo Cristo”. (Mt 1,16). São José viveu próximo e unido aos dois princípios da pureza e santidade de Jesus e Maria. Como não teria participação na santidade de ambos? A presença e a familiaridade contínua, durante tantos anos, de Maria e Jesus, deviam forçosamente conduzir São José a uma santidade fora do comum. São José teria negligenciado tal companhia e tais exemplos? “Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és