O mês de Julho - dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus
Queridas/os Irmãs consagradas, irmãos na fé, amigos, benfeitores do Instituto Jesus Maria José, famílias e todos que de boa vontade, buscam fortalecerem sua fé e esperança no Deus da vida, graça e paz da parte de Cristo nosso Senhor.
O mês de julho está ai, este mês é especial como todos os outros meses, porém há uma devoção que precisa ser resgatado por nós em nossa vida cotidiana e prática, à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, celebrada neste mês de Julho pela Igreja. É preciso reconhecer o valor do preciosíssimo do sangue de Cristo em nossa vida e o que Ele fez por nós por amor. “Ninguém pode ser mais amigo de cada um de nós do que aquele que dá a vida por nós”.
O Papa Bento XIV (1740-1748) ordenou a Missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus, que foi estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX (1846-1878). São Gaspar de Búfalo propagou fortemente essa devoção, tendo a aprovação da Santa Sé.
O Papa São João Paulo II, em sua Carta Apostólica Angelus Domini, repetiu o que São João XXIII disse sobre o valor infinito do Sangue de Cristo, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”. O Sangue de Cristo representa a Sua vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça Divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. “Isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados” (Mt 26, 28). Jesus é “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação. Fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2).
O Catecismo da Igreja Católica ensina que “nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de oferecer-se em sacrifício por todos” (n. 616); para isso, era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer esse sacrifício; então, o Verbo Divino dignou-se a assumir a nossa natureza humana para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus. O Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição de muitas maneiras. Vejamos algumas formas de participar deste sacrífico de amor: Pela nossa fé- pelo sacramento da confissão- pela Eucaristia.
Pela fé- Somos justificados por esse Sangue, ensina São Paulo: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9).
No sacramento da confissão- Pelo ministério da Igreja e dos sacerdotes, o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o Seu precioso Sangue. Infelizmente, muitos católicos ainda não entenderam a profundidade desse sacramento e fogem dele por falta de fé ou de humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na confissão e cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que, pelo Sangue de Cristo, a Igreja pode perdoar qualquer pecado: “Não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. Não existe ninguém, por mais culpado que seja, que não deva esperar com segurança o seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero. Cristo, que morreu por todos os homens, quer que, em sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado” (cf. n. 982).
Na Eucaristia - Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do Sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor ” (1 Cor 10,16-27). Sejamos cristãos transformados pelo precioso sangue de Cristo, que é vida e salvação para todos, e saibam que “Ninguém pode provar mais a amizade do que dando a vida por seu amigo”.
Um mês abençoado a todos!
Por Ir. DeuzelinaJMJ