Madre Rita Amada de Jesus /

Instituto Jesus Maria José

Rita Amada de Jesus – Nome Religioso

Rita Lopes de Almeida – Nome Civil

Fundadora do Instituto Jesus Maria José. Governou de 1880 a 1913 (33 anos) Naturalidade – Ribafeita, Viseu

Governou com sabedoria e prudência, sendo muitas vezes, visivelmente assistida por Deus e seus Patronos Jesus Maria José.
 Só apenas num período de tempo pequeno, é que Madre Rita foi injustamente afastada do comando do Instituto, quando foi deposta pelo Diretor Espiritual e substituída pela irmã Luísa, superiora incompetente, déspota, que proporcionou a Madre Rita uma grande e meritória epopéia de duras provações.
 
Madre Fundadora, Rita Lopes de Almeida, era de uma personalidade dotada de elevadas qualidades e discernimento de espírito. Sabia aliar energia à suavidade; a ousadia à prudência; a intrepidez ao escondi mento, assim sucessivamente, na execução das múltiplas atividades da fundação e direção nascente da Congregação.

 Rita foi assessorada neste empreendimento, pelo Padre José Udalrico da Lapa, da Companhia de Jesus que, durante muitos anos, tomou a seu cuidado a direção espiritual da Congregação.
 
Para iniciar a obra, Madre Rita, começou a agregar as jovens que se dispunham a aceitar a formação para a vida Consagrada. Assim, de passo em passo, com a ajuda de alguns sacerdotes, benfeitores e amigos levou em frente, com coragem e audácia, a Obra, que teve a alegria de a ver reconhecida como Congregação Religiosa de Direito Pontifício, aprovada por Sua Santidade, o Papa Leão XIII, e a aprovação das Constituições em 1902. Nesta época, a Congregação estava em plena expansão, em comunidades e em patrimônio adquirido.

Com a implantação do regime político Republicano e a Revolução, em 1910, foi Decretado que todos os bens móveis e imóveis das irmãs fossem confiscados e houve a dispersão das irmãs. Foi um período de dura prova, angústias e incertezas, com a separação das Irmãs e tantas outras provações inerentes aquela situação. Porém, Rita, não arrefeceu, sua fé e confiança em Deus, eram inabaláveis, sua esperança não se apagou e o seu amor permaneceu vivo. Com coragem, procurou salvar a sua Obra, fruto da inspiração do Espírito Santo.

“Neste tempo de tanta tribulação, nossa Fundadora conservou-se sempre corajosa e manteve inalterável a sua confiança em Deus.” (PE 235)
“ Jesus Maria José, recompensaram de modo admirável esta grande confiança, pois conseguiu, em pouco tempo, colocação para as suas religiosas, no Brasil”. (PE 236).
 
Era urgente salvar a Congregação em outras terras. A Reverendíssima Madre recorreu ao Senhor Cônego Manuel Damasceno ( pouco depois Bispo de Angra do Heroísmo – Açores), que escreveu a um colega no Brasil e este respondeu positivamente. “ Tratou logo de prevenir e preparar as primeiras irmãs que foram para o Brasil “ ( PE 239 ).
 
A 31 de outubro de 1912, a Madre Fundadora sentiu a consolação de enviar o primeiro grupo de irmãs, que foram estabelecer-se na cidade de Igarapava, Estado de São Paulo. Depois, mais um outro grupo. E ainda mais tarde, um terceiro grupo e outros se seguiram, após a morte da Fundadora. Graças a Deus, a Congregação estava salva no Brasil.

Madre Rita, cumpriu sua missão na terra. Acabara de enviar o segundo grupo de Irmãs, que embarcaram para o Brasil, recebeu o passaporte para o céu. Um colapso cardíaco a prostrou duramente, mas calma e serena concentrada em Deus, partiu para a casa do pai a 06 de janeiro de 1913. Morreu santamente em Casalmendinho,

Ribafeita – Viseu – Portugal. Apagou-se a luz na terra, outra mais fulgente começou a brilhar no Céu. Agora é nossa intercessora junto de Jesus Maria José, a quem sempre imitou na terra.
 
Queremos ressaltar que, Madre Rita era uma mulher caridosa, sempre preocupada com os mais pobres, pois foi esse o objetivo e seu desejo ao fundar a Congregação:

Preservar as crianças e jovens do mal.
Muito corajosa, ela mesma foi a Roma para pedir a aprovação de sua Obra.

Pelo testemunho das irmãs que conviveram com ela, com os estudos feitos sobre sua vida e obra, as irmãs foram unânimes em dizer que era mais que justo iniciar o processo de Canonização de Madre Rita. Foi o que aconteceu na gestão de irmã Margarida Maria Rossi, que deu grande impulso a este processo, cuja abertura oficial, se deu no dia 04 de dezembro de 1991, no Seminário de Viseu – Portugal. No dia 20 de dezembro de 2003, Madre Rita foi proclamada Venerável, pelo Papa João Paulo II e, no dia 20 de dezembro de 2004, o Papa João Paulo II, emanou através da Sagrada congregação para a Causa dos Santos o Decreto de reconhecimento das virtudes e do

Milagre atribuído à intercessão de Madre Rita declarando-a “ Beata”.

Sua Beatificação, se realizou oficialmente, no dia 28 de maio de 2006, no Pontificado do Papa Bento XVI, na cidade de Viseu - Portugal.